Meu parto, minha escolha

Como falei no post anterior, eu estava na minha busca por um caminho de parto natural humanizado, então vou atualizar com as últimas novidades sobre o meu pré-natal nesse sentido.




Eu decidi fechar o meu plano de parto com o Instituto Nascer. Depois de muita pesquisa sobre médicos e profissionais, acabei optando pelo Dr. Hemmerson Magioni como obstetra e a Lena Borgo como doula. Fiz minha primeira consulta com eles dia 19/08 e fiquei bem satisfeita, eles parecem mesmo em sintonia com o que eu quero.

Levei minha mãe para a consulta com a doula, porque ela não estava familiarizada com essa profissional (veja aqui um pouco sobre) e eu queria muito que ela se sentisse à vontade com a minha escolha. Eu realmente achei que a Lena me passou segurança e confiança, que era o que eu queria. Fora que ela é uma simpatia só e agora sempre lembra de mim quando vê algum vídeo de parto natural ou matéria sobre o assunto.

Dia 24/08 eu também fiz um curso prático de parto no Instituto, junto com meu marido e outros casais. A primeira parte do curso foi falando sobre as fases do parto. Discutimos, vimos alguns vídeos e tiramos dúvidas. Depois aprendemos alguns exercícios de Ioga para gestantes, respiração e massagens que o marido pode fazer para ajudar a relaxar. Por último tivemos um bate papo com a doula, que explicou um pouco mais sobre o momento do parto para a mulher, técnicas de alívio para dor e posições para parir. Inclusive, fiquei apaixonada pelo banquinho de parto, mas ainda espero conseguir ter um parto na água.

Eu sei que muita gente deve ler esses posts e pensar que sou "doida", que escolher um parto natural é "pedir pra sentir dor" e que se temos tecnologia para fazer uma cesariana segura, era o que eu deveria optar.

Bom... primeiro: meu parto, minha vida, meu bebê, minha escolha. Se eu sou louca, é problema meu e no máximo do meu marido (que por sinal, me apoia completamente). Você paga minhas contas? Você vai criar meus filhos? Não. Então sua opinião sobre meu corpo não me interessa.

Segundo, dor é relativo. Nada de bom na vida vem sem esforço ou um pouco de dor. Se nosso corpo foi projetado pela natureza para parir de maneira fisiológica como qualquer mamífero, a dor não é insuportável. E favor não confundir parto natural com parto normal. Parto normal com medicamento, ocitocina sintética, deitada em cama ginecológica e episiotomia não é natural.

Terceiro, não deixe que a medicina te engane. Cesariana salva vidas todos os dias, mas não é indicada na GRANDE maioria dos partos, dê uma olhada aqui. Só para constar, a Organização Mundial de Saúde recomenda uma taxa de cesariana de 15% (normal em países como Suécia ou Inglaterra) e o Brasil chega a 52% (cerca de 35% pelo SUS e 85% em redes privadas). Por isso, não venham me dizer que marcar uma cirurgia para por uma criança no mundo é algo comum, só porque o seu médico não quer esperar 12 horas de trabalho de parto na véspera de feriado prolongado.

Enquanto as brasileiras não repensarem seu modo de parir, enquanto cada mulher não tiver poder sobre si mesma para defender suas escolhas sobre o próprio corpo, nada vai mudar. Desculpem, mas eu não quero virar estatística de 'desnecesárea'...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Brincando de ser mãe

O famigerado batom vermelho

Vestindo seu filho: sem fixação com o gênero