O ato de colecionar

Eu coleciono coisas desde pequena. Já tive uma tímida coleção de selos, uma pasta recheada de papéis de carta (sim, sou velha), álbum de adesivos brilhantes, chaveiros, pequenos pôneis, brinquedos do McDonald's, miniaturas de personagens, livros infantis, filmes de animação, desenhos de amigos e recentemente, bonecas (Blythes, Pullips, BJDs) e acessórios para elas.

Um pouco da coleção de bonecas

Algumas coleções se foram, outras ainda permanecem. Novas começam. Só sei que o ato de colecionar sempre esteve presente em minha vida.

Hoje em dia, basicamente a única coleção que cresce com certa frequência é a de bonecas e agregados. Mas ao mesmo tempo, eu acho que meu perfil de colecionadora é um pouco diferente da maioria. Ou talvez não... o mundo é grande e a gente nunca está sozinho em um comportamento.

Eu coleciono coisas porque me identifico, gosto do conteúdo e/ou acho bonitas. Eu não sou a pessoa que escolhe um tema e em seguida compra TUDO que está dentro dele. Um exemplo: se eu coleciono filmes de animação, vou comprar somente os que eu realmente me encantam. Eu não vou adquirir um filme que não curto só porque é animação e eu coleciono animações. Deu pra entender?

Uma parte dos meus brinquedos e livros

Com bonecas é a mesma coisa. Alguns podem até dizer que eu não coleciono de verdade. Mas realmente, por que eu vou gastar tempo, dinheiro e espaço com algo que não me agrada só porque me dispus a colecionar? Eu não preciso ter todas, ou muitas Blythes para chamar o que tenho de coleção, preciso? Ok, nem eu sei dizer.

Ou talvez eu esteja confundindo colecionar com acumular. Algumas pessoas simplesmente acumulam coisas. Eu tenho um certo pavor de acumular. Meu avô gostava de acumular jornais velhos no porão e eu sempre achei uma coisa meio insana. Não que jornais e bonecas sejam a mesma coisa... mas ter mais do que você consegue acomodar sempre foi um receio.

Por conta disso eu acabei impondo um certo número de itens que eu consigo manter sem exceder o meu espaço físico e mental. E quando vou chegando ou ultrapassando tal limite (ok, o limite é algo subjetivo, mas funciona na minha cabeça), sempre dou um jeito de vender ou me desfazer do que eu acho que está sobrando. Assim eu consigo manter o controle e foco nas prioridades.

Então, acho que cada um tem a sua relação com a maneira de possuir coisas. Porque no fim, coleções são isso: coisas. E a gente pode até amar algumas (ou muitas) delas, mas sempre temos que prestar atenção naquele limite tênue entre o sentimento e a loucura.

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