Vestindo seu filho: sem fixação com o gênero

Olha, eu achava que ia ser normal a curiosidade das pessoas em saber o sexo do meu bebê, mas eu percebi, de verdade: as pessoas não são curiosas, elas tem uma certa fixação com isso. É aquela coisa, você chega no lugar, fala que está grávida (ou a barriga fala por você) e a primeira pergunta é sempre "sabe se é menino ou menina?"

A pessoa pode nem te conhecer, nem quer saber se você está bem, ou saudável, ou feliz, mas quer saber o sexo do seu filho não nascido.

Tá, não é assim uma coisa horrível ou incômoda, mas não deixa de ser um pouco chato. Principalmente nos primeiros meses, quando nem você sabe ainda (ou no meu caso, nem se importa). Existe uma pressão enorme que você saiba o sexo da criança o quanto antes, porque nas lojas é tudo separado e você precisa escolher o lado masculino ou feminino, ou não acha nada realmente legal. Parece não existirem coisas unissex interessantes que não custem o olho da cara aqui no Brasil.

Eu sou meio ansiosa e claro que já comprei um monte de coisinhas que (na minha cabeça), qualquer sexo pode usar. Fico meio estressada em pensar que as marcas fazem roupas para menininhos e menininhas ao invés de roupas para bebês ou crianças, sabe? A gente já tem toda uma "ditadura" da sociedade em ter que se vestir assim ou assado, é duro ver que essas coisas começam a ser inseridas na cabeça dos pais, para que separem os gêneros de seus bebês antes mesmo de virem ao mundo. Até o Kinder Ovo resolveu dividir as surpresinhas, é muito triste.

Daí quando eu vejo algumas grifes infantis como a Mini Rodini, com um catálogo lindo cheio de itens unissex, me dá vontade de sair comprando tudo (e nisso morrer pobre, porque os valores são em Euro e eles só mandam por Fedex, o frete internacional mais caro).

Roupas da Mini Rodini são lindas e unissex!

Achei incrível ver um garotinho de pink e oncinha de uma maneira em que o conjunto ficou totalmente neutro e usável por qualquer criança. Fora que eu surtei na estampa de fundo do mar e nesse boné de pandinha. *morrendo de amores* Marcas brasileiras, por que vocês não fazem mais coisas assim?

Eu consegui comprar algumas roupinhas que gostei muito, algumas até em lojas de departamento. Depois posso até postar as fotos dos meus achados aqui, mas confesso que queria mais opções sem ter que ficar apelando pros tons pastéis (que eu pessoalmente, não sou muito fã).

Se alguém tiver dicas de lojas para bebês com coisas fofas e coloridas que não se prendam tanto na divisão de gênero, eu aceito as dicas...