Felicidade: demais ou de menos?



Há alguns dias uma conhecida postou no Facebook o seguinte:

"Queria que todas as pessoas que não gostam de mim fossem felizes. Gente feliz não enche o saco."

E logo depois que ela escreveu isso eu pensei em outra frase que li por aí:

"Todo mundo quer ver os outros felizes, só não mais felizes do que si mesmo."

Bom, eis o que eu acho... quem está feliz e satisfeito, raramente vai reclamar dos seus problemas. Afinal, não são tantos assim ou não importam muito, porque você está de bem com sua vida. E se você não reclama, não vai incomodar os outros.

Além disso, se sua vida está como você gostaria que estivesse, você não sente necessidade de ver os problemas de outras pessoas - principalmente aquelas que você não gosta muito - para se sentir melhor com o que você tem. E se você não procura saber dos problemas alheios, não vai se importar com eles. Olha só que ciclo infinito de alegria.

Além disso, eu tenho minha teoria de quem dá muito palpite na vida alheia é porque não consegue resolver os próprios problemas, então acha mais confortável tentar achar soluções para os outros. Ou porque a própria vida é muito sem graça e os dramas alheios trazem emoção. E nenhuma dessas opções me parece interessante.

Ou seja, no fim das contas, se importar com a vida das pessoas, principalmente aquelas que não são próximas de você, só deve acontecer quando o outro te pede. Se alguém quer um conselho sobre uma situação e te pergunta a opinião, não há problema algum em dar. Se não, é de bom grado ficar na sua.

Mas o assunto inicialmente era sobre ser feliz... e isso me leva à segunda frase: será que alegria demais fere os outros tanto assim? Porque o que eu vejo é que o "não te incomodo reclamando dos meus problemas" passa do para o "sua felicidade me deixa com inveja" bem rápido.

Tanto que há quem diga que você só deve postar seus problemas na internet e nunca os momentos felizes, assim não deixa os outros com inveja. No fim, se você fala demais dos seu problemas você incomoda, mas se sua vida é uma alegria sem fim, também.

Não estou dizendo que concordo com isso, só estou expressando como me sinto no meio disso. Que parece existir o equilíbrio perfeito entre você estar bem o suficiente para deixar os atritos quietos, mas não tão bem a ponto de que sua satisfação deixe os insatisfeitos com suas vidas irritados.

Minha opinião (leia e concorde apenas se quiser): eu prefiro que os outros sejam felizes. Não pra não me incomodarem, o que é deveras uma vantagem, mas pra serem felizes mesmo. E se estão "mais felizes" que eu (o que é bem relativo), eu preciso batalhar pra achar o caminho do que ME faz feliz, ao invés de medir minha alegria pelo que eu tenho a mais ou a menos que os outros. Porque o que me deixa feliz pode não ser o mesmo que te deixa feliz, né?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Brincando de ser mãe

O famigerado batom vermelho

Vestindo seu filho: sem fixação com o gênero